A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) é uma das instituições que integram o projeto Biocombustíveis para um Futuro Sustentável: Inspirando Meninas e Mulheres na Ciência (BIOFEMME), uma iniciativa inovadora que promove a inclusão e o protagonismo feminino nos campos da Ciência, Tecnologia e Sustentabilidade. Desenvolvido por uma rede de instituições de ensino e pesquisa em colaboração nacional, o projeto foi aprovado na Chamada CNPq/MCTI/ nº 31/2023 - Meninas nas Ciências Exatas, Engenharias e Computação e suas atividades tiveram início neste semestre letivo.
O BIOFEMME atua diretamente em 10 escolas públicas de Ensino Básico na Bahia. O projeto busca aproximar conceitos de Química, Física e Biologia da realidade de estudantes do Ensino Médio, estimulando a curiosidade científica e a conscientização ambiental. Durante as atividades, as participantes aprendem e desenvolvem processos de produção de biocombustíveis, seu impacto ambiental e sua viabilidade econômica como alternativa sustentável.
“Ao abordar um tema de impacto global, o BIOFEMME busca não apenas despertar o interesse das alunas pelas ciências exatas, engenharias e computação, mas também demonstrar como essas áreas podem contribuir de forma significativa para a construção de um futuro mais sustentável”, afirma a professora Carine Tondo, do curso de Engenharia de Energias (CETENS), coordenadora do projeto na UFRB.
De acordo com a professora, a equipe que está à frente do projeto já possuía uma rede de pesquisa articulada em torno dos biocombustíveis, o que favoreceu a integração e o alinhamento das ações propostas. “Essa base consolidada permitiu ao projeto unir excelência científica com compromisso social, criando um ambiente fértil para a formação de meninas e mulheres na ciência”, explica Carine.
As ações do projeto têm se destacado pela sua abrangência, inovação e pelo forte caráter colaborativo. Além da UFRB, a parceria estratégica conta com outras três instituições do estado da Bahia: a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), a Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) e o SENAI CIMATEC. “Essa articulação interinstitucional tem sido fundamental para a execução de ações integradas e com alcance estadual”, avalia a coordenadora local.
Atualmente, são 35 bolsas de Iniciação Científica Júnior (ICJ) ofertadas às alunas, que desenvolvem pesquisas científicas e participam de oficinas interativas, palestras e experimentos laboratoriais. Além disso, há sete bolsas de apoio técnico para professoras que orientam os trabalhos e bolsas para alunas da graduação das instituições participantes. Por meio do contato com cientistas e profissionais da área, as alunas têm a oportunidade de se inspirar e vislumbrar novas possibilidades acadêmicas e profissionais.
A estudante Tainá Bispo, do Colégio Estadual Santa Bernadete, em Amargosa, é uma das participantes do projeto e explica que seu interesse surgiu pela possibilidade de vivenciar novas experiências e conhecimentos. “Ainda estamos no início das atividades, mas já aprendi muita coisa e estou disposta a aprender muito mais. Pretendo continuar até o fim do projeto e proporcionar o mesmo conhecimento para outras pessoas”, garante.
Outras escolas atendidas pelo BIOFEMME são o Centro Estadual de Educação Profissional Áureo de Oliveira Filho, em Feira de Santana; o Centro Territorial de Educação Profissional de Araci (CETEP), em Araci; o Colégio Estadual Teotônio Vilela, em Feira de Santana; o Colégio Estadual Teofilândia, em Teofilândia; o Colégio Estadual Senhor do Bonfim, em Cansanção, e o Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães, em Itabuna.
“Este projeto é crucial para fortalecer o ecossistema científico e tecnológico, criando um futuro mais equitativo e próspero para todos. Ao combatermos as desigualdades de gênero e étnico-raciais, promovemos inclusão social e desenvolvimento regional”, destaca o professor Jorge Fernando Menezes, da Licenciatura em Química (CFP), que também compõe a equipe do BIOFEMME na UFRB. Para ele, a crescente necessidade de fontes renováveis de energia e a demanda por profissionais qualificados para atuar nos setores estratégicos de biocombustíveis e energia devem continuar motivando a busca por inclusão de diversidade nas carreiras científicas e tecnológicas.
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