Geral Bahia
Hepatites virais ainda representam sério desafio à saúde pública na Bahia
Com vistas a conscientizar as pessoas sobre a doença e com o objetivo de combatê-la, o Hospital Geral Roberto Santos (HGRS) todos os anos adere à c...
22/07/2025 19h41
Por: Redação Fonte: Secom Bahia

Com vistas a conscientizar as pessoas sobre a doença e com o objetivo de combatê-la, o Hospital Geral Roberto Santos (HGRS) todos os anos adere à campanha do Julho Amarelo. Nesta quarta (23) e quinta (24)  a unidade realizará ações voltadas para funcionários, pacientes e acompanhantes.

Segundo os dados do Boletim Epidemiológico da Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Bahia, do total de registros no período, 6.815 (45,5%) foram de hepatite B, e 7.729 (51,6%) de hepatite C. Já os casos de hepatite A somaram 422 notificações (2,8%).

Os números reforçam a necessidade de intensificação de estratégias de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento eficaz. Por isso mesmo, o Hospital Geral Roberto Santos (HGRS) todos os anos adere à campanha do Julho Amarelo. Nesta quarta (23) e quinta (24)  a unidade realizará ações voltadas para funcionários, pacientes e acompanhantes.

São rodas de conversas, palestras  esclarecedoras sobre a doença e testagem, considerando que as hepatites virais são infecções provocadas por diferentes vírus, com formas distintas de transmissão e evolução e, o diagnóstico precoce contribui no tratamento da doença.

Na ocasião as pessoas serão conscientizadas sobre as formas de contágios, além de informações sobre vacinação. Os tipos A e E são geralmente causadores de infecções agudas, são transmitidas por via fecal-oral, ou seja, pelo consumo de água e alimentos contaminados.

Embora menos frequente, a hepatite E pode se tornar crônica em pessoas imunossuprimidas. Recentemente, têm sido observados aumentos de casos relacionados a práticas sexuais que envolvem contato fecal-oral.

Já os tipos B, C e D são transmitidos principalmente pelo contato com sangue contaminado, o que pode ocorrer em situações como o compartilhamento de agulhas e materiais perfurocortantes ou por meio de relações sexuais desprotegidas. A hepatite D, em particular, só ocorre em pessoas que já são portadoras da hepatite B, tornando o quadro clínico ainda mais grave.

A distribuição por faixa etária : hepatite A é mais comum em crianças de 0 a 9 anos (22,6% dos casos), enquanto a hepatite B tem maior incidência entre adultos de 30 a 39 anos (27,8%). Já a hepatite C afeta, principalmente, pessoas acima de 60 anos. Em relação ao sexo, os dados mostram uma maior concentração de hepatites A e C em homens, enquanto a hepatite B acomete mais mulheres.

Segundo o Relatório Global de Hepatites 2024, publicado pela OMS, estima-se que 304 milhões de pessoas vivam com infecção crônica pelos vírus B ou C.

Diante desse panorama, a médica gastro-hepatologista do Hospital Geral Roberto Santos, Aloma Campeche, reforça a importância da continuidade e ampliação das ações de controle e combate à doença. “É fundamental continuar investindo em testagem, na vacinação contra a hepatite B — garantindo cobertura universal e de qualidade —, na vigilância rigorosa das notificações e no acesso ao tratamento antiviral”, pontua a Aloma.

Com o avanço da ciência, o Brasil dispõe de vacinas eficazes contra a hepatite B e tratamentos antivirais que podem controlar ou curar a hepatite C. 

Fonte: Ascom/HGRS