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Cachoeira: Nossa memória viva merece mais cuidado e atenção
Esse maravilhoso conjunto arquitetônico, que deu a Cachoeira a posição de “Cidade Monumento Nacional”, continuará fora do Novo PAC, enquanto seus prédios históricos desmoronam ou se deterioram
02/07/2024 10h18 Atualizada há 5 meses
Por: Redação Fonte: Nadia Freire Editora SCR-Recôncavo
Foto de Gustavo Rossari/SCR-Recôncavo

 

Em evento realizado na Arena Fonte Nova, em Salvador, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, tendo ao seu lado o governador Jerônimo Rodrigues, anunciou um pacote de investimentos do Governo Federal para a Bahia como parte do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Serão aplicados nas obras cerca de R$ 4 bilhões, abrangendo áreas de energia, habitação, educação, saúde e patrimônio histórico baiano.

Os R$ 50 milhões em investimentos, que serão destinados para a preservação do Patrimônio Cultural Brasileiro no âmbito do Novo PAC, beneficiarão cinco municípios: Salvador, Cachoeira, Itaparica, Maragogipe e Santo Amaro. Entre os projetos, destacam-se R$ 30 milhões destinados à restauração do mercado municipal e à requalificação da feira livre de Santo Amaro, palco do Bembé do Mercado, uma importante celebração religiosa reconhecida como Patrimônio Cultural do Brasil desde 2019. Além disso, serão contratados projetos de restauro de terreiros como Ilê Axé Icimimó Aganju Didê em Cachoeira; Omo Ilê Agboulá em Itaparica; Ilê Maroiá Láji, Casa Branca e Gantois em Salvador.

Entretanto, o Município de Cachoeira, uma das cidades baianas que mais preservaram a sua identidade cultural e histórica, memória viva da luta pela Independência do Brasil na Bahia e um dos principais roteiros turísticos históricos do estado, não tem ainda o que comemorar.  Seu imponente casario barroco, suas igrejas e museus, clamam por restauração e preservação. Esse maravilhoso conjunto arquitetônico, que deu a Cachoeira a posição de “Cidade Monumento Nacional”, continuará fora do Novo PAC, enquanto seus prédios históricos desmoronam ou se deterioram, todos devidamente tombados, mas não cuidados, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).