A parentalidade é definida como as interações, emoções, crenças, atitudes, práticas, conhecimentos e comportamentos dos pais voltados para a prestação de cuidados integrais à criança, portanto, refere-se ao processo permanente de promoção e apoio ao pleno desenvolvimento e socialização da criança, segundo o United Nations International Children’s Fund (UNICEF, Fundo das Nações Unidas para a Infância, em português).
De acordo com a organização internacional, o desenvolvimento infantil é moldado pelas interações cuidador-criança no dia a dia da vida familiar, e o bem-estar físico e mental dos cuidadores influencia diretamente a qualidade do cuidado e o crescimento da criança. Os problemas de saúde mental do cuidador podem, inclusive, impactar no desenvolvimento infantil desde a gravidez e ao longo de toda a infância.
Dra. Juliana Reges, pediatra e fundadora da KidZenith, explica que a parentalidade, especialmente nos primeiros anos, é acompanhada de grandes mudanças: “Em alguns casos, isso se soma à falta de rede de apoio e ao excesso de informações desencontradas que resultam na ‘angústia invisível’ de criar filhos”.
A especialista esclarece que a “angústia invisível” é relativamente comum devido à junção destes fatores e é caracterizada por um peso silencioso, feito de dúvidas, culpas e incertezas diárias, que muitos pais carregam, como se estivessem sempre falhando em algo.
“Essa angústia é invisível porque nem sempre é verbalizada, mas está presente em noites mal dormidas, em decisões solitárias sobre a saúde ou a alimentação do filho, e na comparação com outras famílias nas redes sociais”, afirma Reges.
Dados da American Psychological Association (APA, Associação Americana de Psicologia, em português) indicam que 66% dos pais evitam falar sobre estresse para não sobrecarregar outras pessoas. Entre os adultos sem filhos, o índice é de 60%. O tema financeiro também tende a ser tratado de forma mais silenciosa pelos pais, 57% afirmaram sentir vergonha de falar sobre sua situação financeira, em comparação a 39% do grupo sem filhos.
A pesquisa, que comparou respostas entre os dois grupos, revela ainda que 62% dos pais afirmaram que ninguém entende o quanto estão estressados, enquanto 42% dos demais adultos compartilham dessa percepção. Entre os pais, 48% disseram que, na maioria dos dias, o estresse é esmagador.
Segundo a pediatra, os dias corridos, a sobrecarga mental de tomar decisões a todo momento, a pressão social para acertar sempre e a falta de tempo para o autocuidado são os principais fatores que sobrecarregam emocionalmente os pais e cuidadores atualmente. Para ela, o resultado é ansiedade e cansaço, que afetam inevitavelmente a forma como os pais se relacionam com os filhos.
“Esses fatores influenciam diretamente no bem-estar infantil. As crianças percebem quando seus cuidadores estão exaustos ou inseguros, e isso impacta tanto o clima familiar quanto o desenvolvimento emocional delas”, declara a profissional.
Reges destaca que o acesso à informação e ao acompanhamento especializado promove uma parentalidade mais consciente, em que os cuidadores conseguem agir de forma preventiva, e não apenas quando surgem problemas, já que pode ajudar os pais a lidar melhor com decisões sobre sono, alimentação e desenvolvimento.
“Quando os pais têm acesso a informações confiáveis, contextualizadas e validadas por especialistas, eles podem se sentir mais seguros para tomar decisões. O acompanhamento especializado, seja médico, nutricional ou psicológico, traz clareza em momentos críticos, diminui a ansiedade e evita intervenções desnecessárias”, pontua a médica.
Plataforma voltada à saúde infantil e apoio aos cuidadores
A fundadora da KidZenith revela que a empresa utiliza inteligência artificial (IA) para criar soluções que apoiam a parentalidade, por meio da transformação de dados complexos em orientações práticas e personalizadas. “Nossa IA analisa padrões de saúde, comportamento e rotina da criança para oferecer recomendações individualizadas aos pais”, explica.
De acordo com a pediatra, o foco da ferramenta é permitir que cada família tenha apoio em tempo real, seja no crescimento, no sono do bebê, no planejamento alimentar ou no acompanhamento de marcos do desenvolvimento.
O ecossistema da KidZenith foi construído com base em validação clínica, contando com pediatras, nutricionistas e psicólogos no desenvolvimento de cada recurso, além da escuta das famílias, por meio de pesquisas.
“O feedback nos mostra não apenas o que funciona, mas também quais são as maiores dores na rotina parental. Essa combinação — ciência e experiência real das famílias — nos permite oferecer soluções úteis no dia a dia”, destaca.
Para a médica, a saúde infantil será cada vez mais preventiva, personalizada e acessível. Reges acredita que, nos próximos anos, a tecnologia, especialmente a IA, permitirá que os pais recebam suporte contínuo, reduzindo a solidão e a sobrecarga emocional que hoje marcam a parentalidade.
“Com o KidZenith buscamos fazer parte desse movimento, um ecossistema que busca integrar profissionais de saúde, dados confiáveis e recursos digitais para criar um cuidado integral que possa acompanhar a criança e a família em todas as fases do desenvolvimento”, conclui.
Para mais informações, basta acessar: kidzenith.com.br/
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