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Escritores independentes encontram oportunidades no mercado

Mudança de perfil dos leitores brasileiros afeta a produção de livros independentes e o comportamento da indústria

07/07/2025 às 22h57
Por: Redação Fonte: Agência Dino
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GIV Online
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Traduzir pensamentos e ideias em realidade por meio das páginas de um livro é o que os escritores fazem desde o surgimento da escrita. Durando desde poucos meses até alguns anos para serem finalizados, muitos dos autores conhecidos pelo mercado foram, em algum momento, independentes. 

Pensando no cenário de escritores que produzem e divulgam suas obras sem vínculos com editoras de grande porte, um espaço com oportunidades e desafios a serem superados pode ser enxergado pelos profissionais do meio literário e gráficas independentes.

O perfil do leitor em 2025

De acordo com o levantamento realizado pela sexta edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, o país possui atualmente cerca de 93,4 milhões de leitores, registrando uma queda de quase 7 pontos em comparação com os mesmos dados do ano de 2015 em que 104,7 milhões eram considerados leitores, ou seja, pessoas que haviam consumido livros, inteiramente ou em partes, nos últimos três meses.

A pesquisa ainda indica que as mulheres se destacam no consumo de livros e que faixas etárias de 11 a 13 anos, assim como pessoas de 70 anos ou mais, têm aumentado o seu contato com obras literárias.

Entretanto, quando se fala nos estilos de livros mais procurados e consumidos pelos leitores brasileiros, o levantamento do site PublishNews indica que, entre os dez primeiros títulos consumidos no primeiro semestre de 2025, quatro são livros de pintura/colorir, cinco são do gênero não-ficção e um possui a faixa etária infantil como público-alvo.

O comportamento atual e os escritores independentes

Mesmo com aparentes mudanças no comportamento dos consumidores de livros no Brasil, as redes sociais e a divulgação de obras independentes protagonizam uma mudança de paradigma na produção desses tipos de materiais, como comenta Victor Nakamura, coordenador de marketing da Gráfica GIV Online.

Mesmo diante de um cenário empresarial instável com mudanças em taxas de juros e flutuação do dólar que afeta diretamente o mercado gráfico, Nakamura afirma que o aumento de clientes que realizam a impressão de tiragens de livros não vinculados com grandes editoras é um bom prospecto para o ramo.

“Mensalmente, recebemos diversos pedidos de tiragens de 25, 50 ou até 100 livros que são feitos por pessoas físicas, ou seja, são escritores que não recebem investimentos externos ou até mesmo tiram de suas próprias reservas para bancar a produção. Isso nos deixa entusiasmados, pois indica não só uma mudança na forma de se produzir livros, como também nos dá caminhos diferentes para conversar com esse novo tipo de público”, afirma.

Assim como a procura aumenta, a visão para esse tipo de negócio faz com que as empresas do ramo gráfico voltem suas atenções para tiragens menores, encaixando tais segmentos dentro do mercado.

“As pessoas descobrem por meio de vídeos em plataformas digitais ou até mesmo em cursos ou vídeos em redes sociais sobre como estruturar, escrever e editar suas histórias. Depois disso, nós cuidamos de transformar isso em realidade. Para nós, não é só algo lucrativo, como também gratificante saber que podemos, de alguma forma, fazer parte daquele recorte da literatura”, completa.

Os leitores do futuro

De acordo com um levantamento realizado pela PwC Brasil, no intervalo entre 2022 e 2026, o Brasil terá um aumento maior no mercado editorial (2,5%) do que no cenário mundial (1,2%). Sendo o maior mercado de consumo de livros da América Latina, em 2021 o faturamento total do setor editorial do Brasil foi de aproximadamente US$ 454 milhões, o que aumenta as expectativas para saber se tais estimativas serão concretizadas no futuro.

Com boas projeções e esperança de uma guinada constante no setor, o Coordenador de Marketing da Gráfica GIV Online segue entusiasmado e aponta que as mudanças nos hábitos de leitura podem se tornar benéficas para todos.

“Mais pessoas lendo livros no Brasil significa que mais escritores poderão se sentir inspirados para publicar suas histórias e, consequentemente, utilizar da indústria gráfica para a impressão de suas unidades. É um ecossistema saudável e positivo para todos do ramo”, finaliza.

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