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Flica 2025 - “A juventude negra aprende a se camuflar para sobreviver à violência racista” diz Bárbara Carine

“Todo sistema antidemocrático começa controlando a educação É por isso que ser professora é um ato de coragem”, declarou a intelectual diferentona

26/10/2025 às 11h13
Por: Redação Fonte: Interativa Viva Tatiane Freitas
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Gustavo Rozario
Gustavo Rozario

  Durante a mesa “Desafiar”, realizada no segundo dia da Flica 2025, nesta sexta-feira (24.10), na tenda Paraguaçu, ao lado de Manuela D’Ávila e com mediação da professora Georgina Gonçalves, a educadora e pesquisadora Bárbara Carine, conhecida como a “intelectual diferentona”, emocionou o público ao relatar sua trajetória na universidade e o processo de reencontro com sua própria identidade. Ela contou que, por muito tempo, não se sentia pertencente ao espaço acadêmico.

Bárbara lembrou o desconforto que sentia ao circular entre a graduação e o mestrado, tentando se manter “quieta” para não ser notada. Esse sentimento começou a mudar quando ela passou a ocupar o lugar de professora. “Quando eu me torno professora, eu vou pra outro lugar Mas não é simplesmente porque eu virei professora, é pelos conhecimentos que eu acessei, pelos meus ancestrais que explodiram as casas da vida”, contou, destacando o poder de reconhecimento e transformação que o ensino lhe trouxe.

Foi a partir desse mergulho em saberes não eurocentrados que Bárbara Carine passou a compreender o alcance da própria trajetória intelectual. “Como eu não ia me sentir cientista, se ao descobrir a química ancestral africana eu entendi, pela primeira vez, que o conhecimento também tem cor, território e memória”, afirmou, sob aplausos da plateia.

Bárbara Carine, Georgina Gonçalves e Manuela D’Ávila por Gustavo Rozário

Para ela, assumir a docência é um gesto político e de afirmação. “Todo sistema antidemocrático começa controlando a educação É por isso que ser professora é um ato de coragem”, declarou, defendendo a escola e a universidade como espaços de criação, resistência e humanidade.

Onde tem patrocínio à cultura tem Governo do Brasil! - A 13ª edição da FLICA tem patrocínio do Governo do Estado, através do FazCultura, Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA) e Secretaria da Fazenda (Sefaz), Caixa, Petrobras, por meio do Programa Petrobras Cultural, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet e Governo Federal. É contemplado também pelo Projeto Bahia Literária, iniciativa da Fundação Pedro Calmon (FPC), unidade vinculada da SecultBA, e da Secretaria Estadual de Educação (SEC). Conta com o apoio da EMBASA. A realização é da SCHOMMER, em parceria com a Prefeitura Municipal de Cachoeira e LDM (livraria oficial do evento).

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Sobre o município
Cachoeira é um município, no estado da Bahia, no Brasil. Situa-se às margens do Rio Paraguaçu. Está distante cerca de 120 km da capital do estado, Salvador. Sua área é de 395 quilômetros quadrados e a população, conforme estimativas do IBGE de 2019, era de 33 470 habitantes.
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