Cruz das Almas realiza 5ª Procissão dos Sanfoneiros neste sábado (6)

A cidade de Cruz das Almas viverá um momento especial neste sábado (06 de dezembro) com a realização da 5ª Procissão dos Sanfoneiros, evento que se consolidou como um dos marcos culturais do Recôncavo Baiano. Criada em 2021 pela forrozeira Paulinha Oliveira, a iniciativa surgiu como um movimento de resistência em defesa do forró tradicional, da sanfona e do protagonismo feminino na música nordestina.

A programação tem início às 8h, com a Missa e Procissão dos Sanfoneiros na Igreja Matriz. A celebração contará com entrada ao som do Hino do Senhor do Bonfim e encerramento com a Ave Maria Sertaneja. Após a missa, os sanfoneiros seguem em cortejo pelas ruas da cidade, reforçando a conexão entre fé, música e tradição popular. Às 12h30, ocorre a grande concentração dos músicos, reunindo artistas representativos do forró baiano, com encerramento previsto para as 17h.

Entre os nomes confirmados estão Flor de Imbuia, Alex Sanfoneiro, Cristiano Abreu, Forró Fissura, Paulinha Oliveira Forrozeira, Zé Araújo, Cinho Sanfoneiro, Ueslei Khalazan, Renata Gata Morena, Chico Almeida, Alessandra Gramacho, Gui Fer (Forró e Eu Ligo), Mateuzinho do Acordeon, Max Williams, O Forrozeiro Adorador, Paizinho do Acordeon, Kelvin Diniz, Izabelly Diniz e o grupo Forró Karimã. A programação também contará com apresentações culturais das quadrilhas Junina Ascult e Junina Lume da Fogueira, além do Samba do Machucador, ampliando o diálogo entre ritmos que marcam a identidade local.

Idealizadora do evento, Paulinha Oliveira ressaltou o significado da procissão:
“A missa e procissão dos sanfoneiros têm uma importância muito grandiosa para nossa cultura do forró tradicional no estado da Bahia. A luta de Luiz Gonzaga esse tempo todo e o papel da mulher no forró têm sua importância e crescimento com a procissão também de Santa Bárbara. Dessa forma, vamos fortalecendo esse movimento de resistência que é o forró tradicional.”

Totalmente gratuito e aberto ao público, o evento reafirma a preservação da memória, da música e da identidade nordestina, celebrando pertencimento, fé e tradição em um dos momentos mais marcantes do calendário cultural de Cruz das Almas.