O Bembé do Mercado, tradicional manifestação religiosa afro de Santo Amaro que completa 135 anos em 2024, terá apoio do Governo da Bahia pelo oitavo ano consecutivo. A parceria se dá através da Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA), por meio do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), da Paulo Gustavo Bahia, e em parceria com a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi). Em 2024, a festa acontece entre os dias 13 e 19 de maio.
O apoio do Governo da Bahia fomenta a participação da comunidade local, artistas e grupos culturais na organização e execução das celebrações ao longo de toda a semana, incentivando a inclusão e a diversidade cultural. Tambem estimula o acesso público às manifestações culturais do Bembé do Mercado, por meio de atividades gratuitas e acessíveis a todo o público, estimado em 15 mil pessoas em 2024, promovendo a democratização do acesso à cultura e o fortalecimento do turismo cultural na região
Para o Secretário de Cultura da Bahia, Bruno Monteiro, apoiar o Bembé do Mercado é um compromisso do Governo do Estado com a salvaguarda do patrimônio cultural da Bahia. “Fomentar a memória e as manifestações culturais baianas é parte da política de cultura do Governo do Estado. E o Bembé do Mercado é parte importante da nossa história e se mantém como um dos principais eventos da cultura identitária do estado”, disse o secretário Bruno. “Acreditamos que esse apoio contribui não somente com a salvaguarda da manifestação, como contribui para que as atuais e futuras gerações se envolvam e preservem essa tradição”, acrescentou.
O Bembé do Mercado é reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial da Bahia desde 2012 e como Patrimônio Cultural do Brasil desde 2019. Hoje, participam da manifestação 63 terreiros
Desde 1889, quando João Obá armou um barracão, fincou um mastro com bandeira branca e bateu tambores em homenagem aos orixás como forma de rememorar o fim da escravidão, a manifestação fortalece a identidade e a memória cultural da comunidade afro no Brasil. A relação da festa com os orixás Iemanjá e Oxum também a conecta à tradição dos pescadores em oferecer presentes à Mãe D’Água para agradecer pelas pescarias.
Os 135 anos da celebração também serão marcados por uma exposição fotográfica, bem como com a exibição de mini documentários produzidos por detentores do Bembé do Mercado com recursos da Paulo Gustavo Bahia sobre a vida e legado de Mãe Lídia de Oxaguiã e Mestre Felipe da Capoeira Angola
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