O Plano Municipal de Educação Antirracista do município de Cachoeira foi apresentado no Fórum Extraordinário da Undime Bahia 2024

O Plano Municipal de Educação Antirracista do município de Cachoeira foi apresentado no Fórum Extraordinário da Undime Bahia 2024, realizado pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), entre os dias 15 e 17 de julho, no Hotel Fiesta, em Salvador.

No último dia do fórum, ocorreu a ConversAção 03, com o tema “Olhares para aprendizagens e gestão para equidade”, que ampliou a discussão sobre as políticas públicas para equidade, indicadores educacionais e gestão da aprendizagem, reconhecendo a pluralidade dos estudantes.

O Plano Municipal de Educação Antirracista foi apresentado pelo professora Sandra Liss, coordenadora pedagógica que monitora a sua execução na rede escolar do município de Cachoeira.

“Discutir educação antirracista é fundamental porque trazemos a ideia da democracia. Não podemos pensar em democracia sem construir uma educação antirracista. Nosso Plano de Educação Antirracista é o primeiro e nossa intenção é que ele se dissemine por toda a Bahia e Brasil”, disse Sandra Liss.

Para o secretário de Educação de Cachoeira Roberto Franco, “Cachoeira participa do Fórum com o objetivo de apresentar a sua experiência exitosa com o Plano de Educação Antirracista. Esperamos que possamos servir de estímulo para que as cidades sigam o nosso exemplo”.

Já a prefeita Eliana Gonzaga (PT), frisou: “Continuamos sendo a única cidade baiana que tem o Plano e Educação Antirracista em forma de lei. Esse tema é prioridade na nossa política educacional”, disse.

A ConversAção 03 contou ainda com a participação da professora Vitalina Silva, que falou sobre ‘Afrocaminhos: educadores e Educação Antirracista na escola’; e da professora e ativista social, conhecida nas redes sociais como “uma intelectual diferentona”, Bárbara Carine, que abordou o “Plano de Gestão da Aprendizagem: articulação, estratégias e práticas avaliativas para equidade’.

Plano de Educação Antirracista

O Plano Municipal de Educação Antirracista foi inspirado na Lei Federal nº 10.639/03, que alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação e incluiu nos currículos das redes de ensino, de forma transversal, a obrigatoriedade da presença da temática História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. O plano, por meio de projetos, lives, concursos literários e formações, alcança a comunidade escolar em diferentes segmentos de ensino infantil e fundamental, e modalidades Quilombolas e do campo, EJA e Educação Especial.

Em 2022, o Plano Municipal de Educação Antirracista recebeu o Prêmio Espírito Público, na categoria: Votação Popular – Promoção da diversidade.