Foram encerradas, no último sábado (17), as celebrações da tradicional Festa da Nossa Senhora da Boa Morte, em Cachoeira, na zona turística Baía de Todos-os-Santos, em cinco dias de programação. Durante os festejos, que atraíram brasileiros e estrangeiros, a Secretaria de Turismo do Estado (Setur-BA) realizou uma pesquisa com visitantes sobre origem, meios de transporte e hospedagem, tempo de permanência, gasto e satisfação com os serviços.
“Creio que essa pesquisa irá contribuir para o bem-estar do turista e para um maior entrosamento entre o visitante e a comunidade. É importante que o turista se sinta parte dessa festa e desse movimento tão bonito”, disse a atriz catarinense Sandra Knoll, 58 anos.
A médica italiana Simone Castelhano, 28 anos, soube da festa ao pesquisar atrativos turísticos da Bahia na internet e quis conhecer Cachoeira. “Fiquei curiosa, principalmente, sobre os rituais do candomblé, que eu nunca tinha visto e me deixaram bastante impressionada. Gosto dessa mistura de religiões”, relatou.
“Já estive em Cachoeira, mas é a minha primeira vez na Boa Morte, que tem um significado muito forte. Participei da missa e da procissão. Adorei aprender sobre a trajetória dessas mulheres negras e suas lutas. A cidade também é linda, toda situada à beira do rio”, elogiou a assistente social alemã Andrea Bruns, 45 anos.
As comemorações da Irmandade da Boa Morte, confraria afro-católica formada por mulheres negras, tiveram o apoio do Governo do Estado. A festa é reconhecida como Patrimônio Imaterial da Bahia. “Temos uma cultura afro-religiosa bicentenária, que não pode acabar. Agradecemos ao Estado, que tem nos ajudado a sustentar essa festa e a manter viva a nossa tradição”, declarou a presidente da Irmandade, Joselita Alves