De acordo com o Censo da Educação Superior, divulgado pelo Ministério da Educação, o curso de Medicina continua entre os mais concorridos do Brasil, mas as formas de ingresso nas faculdades vêm evoluindo. Além do tradicional Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e dos vestibulares próprios, novas modalidades ganham força ao valorizar a trajetória acadêmica dos alunos.
Rejane Lima é um exemplo. Formada em Ciências Biológicas, ela decidiu começar uma nova graduação na área da saúde. No início de 2025, ingressou no curso de Medicina da Unigranrio Afya, no Rio de Janeiro, pela modalidade de portador de diploma, uma alternativa voltada a profissionais que já concluíram um curso superior e desejam seguir para a segunda graduação.
“Eu sentia um desejo de me aprofundar ainda mais na área da saúde, agora com foco no cuidado direto das pessoas. Ter essa possibilidade foi essencial para concretizar meu plano. Esses caminhos são importantes para quem, como eu, busca uma nova trajetória com propósito”, conta Rejane.
Outros alunos optam pela transferência externa, alternativa que permite trocar de instituição sem perder os créditos já cursados. Foi o caso de Menderson Augusto, que cursava Medicina em outra instituição e se transferiu para uma unidade no Amazonas.
“A metodologia ativa daqui exige mais do aluno ao longo do período. Temos atividades semanais que valem nota, o que nos mantém estudando de forma constante. Agora, me sinto mais preparado”, relata o estudante da Afya Manacapuru.
Alunos que concluíram o Ensino Médio em programas internacionais também podem usar a sua trajetória acadêmica para pleitear vagas de medicina. Currículos como o Abitur, da Alemanha, exame nacional aplicado ao final do ensino médio e requisito para ingresso em universidades alemãs, ou o International Baccalaureate (IB), programa internacional de educação reconhecido mundialmente pelo seu alto rigor acadêmico, são reconhecidos por algumas faculdades, permitindo o acesso direto ao curso de Medicina com base em critérios de excelência acadêmica.
“Nosso compromisso é formar médicos altamente capacitados, e isso começa desde o processo seletivo. Ao diversificar as formas de ingresso, conseguimos atrair estudantes com perfis e experiências distintas, sempre mantendo como critério a excelência acadêmica”, afirma Luiz Cláudio Pereira, diretor nacional de Ensino da Afya.
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